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 Ecos de Mim
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Meus Haikais

 

1 - Flor

 

Flor do meu jardim,

secreto d' amor discreto

musa do meu sim.

 

2 - Amor

 

Se não fosses amor,

poesia, fado, maresia,

vida seria agror.

 

3 - Minha Dama

 

Minha bela dama,

senhora que m' enamora,

seu olhar me chama.

 

4 - Olhares

 

Que meu olhar seja,

ni mundo, um vagabundo,

mas só o teu desseja.

 

5 - Ternura

 

S' a boca murmura

desejo, eu logo vejo

sorrisos de ternura.

 

6 - Vento

 

Vento, à minha donzela

murmura, dócil, ternura,

e meu amor por ela!

 

7 - Ansiedade

 

Vento, traz-me fragância

d' amor dela; por favor

quebra-me esta ânsia!

 

8 - Rosas

 

Juro, meu amor,

que rosas te dei, formosas,

vermelhas-ardor!

 

9 - Meu olhar

 

Meu olhar perdido

s' esvai ao longe; se trai

no teu, tão sofrido.

 

10 - Menino

 

Menino sem eira

nem beira sou; sem esteira

e tostão n' algibeira.

 

11 - Ìsis

 

És Ísis, me chamas

d' além; eu, deus de ninguém,

tu deusa porqu' amas!

 

12 - Poemas

 

Poemas d' amores

eu fiz, mas alguém desdiz

qu' eram só rancores.

 

13 - Ternura

 

Não seja ternura

só flor inerte, sem cor,

morta por secura.

 

14 - Carinho

 

Não seja carinho

ternura que não perdura

e se quede sozinho.

 

15 - Flores de Verão

 

Flores de verão

encantos mil ou mil cantos

qu' enchem coração

 

16 - Livro

 

No livro da vida,

escrevo que nada devo...

Mentira assumida!

 

17 - Pena

 

De pena em punho,

vorazes letras audazes

lavro em rascunho.


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Início


Farrapos do Nada



Farrapos da vida,


O nascer da dor,


Raiado de sangue,


De mulher vivida,


Coberta de suor,


Pálida, exangue…


 


Farrapos da morte


Grito de esposa,


Prenha de lamentos…


Viver é ter sorte,


Voo de mariposa,


Lutando com ventos.


 


Farrapos d’ alma


Entregues a Deus,


Senhor do mundo,


Que não se acalma,


De crentes-ateus,


Num pecar imundo!


 


Farrapos da paixão


Corpos sãos, desnudos,


Entregues a luxúrias,


D’ amores, penúrias,


Gemidos, que mudos,


Dizem sim ou não…


 


Farrapos d’ amor


Para uns fraterno,


A outros carnal.


Belo Carnaval,


Poema eterno,


Tela sem valor!


 


Farrapos do nada,


Nada em farrapos....


Véus e fragmentos


De virgem tomada!


Corpos estripados


Fraques lamacentos.


 


Farrapos, farrapos…


Trapos… são trapos!


Vida, morte, fim,


Alma, amor, enfim…


Paixão? Não!? Nada…


Força, cai a escada!!!



João Loureiro